Imagine que o Brasil não precise mais da intermediação de uma autoescola para aprender a dirigir e tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Parece uma realidade distante? Bom, essa possibilidade está mais próxima do que você imagina e pode representar uma das maiores revoluções no processo de habilitação no país. Está sendo discutido um projeto de lei que promete mudar o cenário atual, e há um misto de expectativa e ansiedade entre cidadãos e especialistas na área.
É o fim da autoescola?
No dia 25 de outubro, houve um movimento da Assembleia Nacional para focar no futuro das autoescolas no Brasil. O VICE-PRESIDENTE KIM KATAGUIRI (UNIÃO/SP) ENVIOU UM REQUERIMENTO DE URGÊNCIA AO PROJETO DE LEI 4474/2020, QUE SUGERE MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE CNH. A proposta é clara: tornar a frequência a uma autoescola uma opção e não mais uma exigência para quem almeja a habilitação. A ideia é que cada indivíduo possa escolher o caminho que mais lhe convier para aprender a dirigir e se preparar para o teste de direção.
Com o apoio de outros parlamentares, como Diego Coronel (PSD/BA) e Doutor Luisinho (PP/RJ), o projeto visa alterar dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei 9.503/1997). As mudanças propostas darão aos candidatos às licenças das categorias A e B a liberdade de escolher como se preparar para os exames exigidos, mesmo que não estejam frequentando um curso de autoescola. Essa iniciativa tem o potencial de democratizar o acesso à carteira de motorista, reduzir custos e flexibilizar o processo.
Esta legislação não significa o fim das autoescolas, mas sim a introdução de um novo modelo em que a autoeducação é uma alternativa viável. As agências de transporte são responsáveis por fornecer material didático digital para exames teóricos gratuitamente, e instrutores independentes certificados estão disponíveis para fornecer aulas práticas. Isso permitirá que os futuros motoristas escolham o método de aprendizado que melhor se adapta à sua rotina e orçamento.
O secretário-adjunto Kim Kataguiri defende que as medidas visam desburocratizar o acesso à CNH e adequar o processo às necessidades individuais, sem comprometer a segurança viária. “Nosso objetivo é encontrar um equilíbrio que garanta a segurança viária e, ao mesmo tempo, dê autonomia aos indivíduos para decidir qual método de aprendizagem melhor se adapta à sua conveniência”, diz Kataguiri.
A urgência necessária para a tramitação do projeto indica a importância e a prioridade que os parlamentares atribuem a esse tema. Projetos de lei nesse sistema têm precedência dentro da pauta legislativa e podem ser discutidos e votados mais rapidamente. Isso reflete o reconhecimento de que as leis precisam se adaptar às mudanças da sociedade e às necessidades emergentes da população.
É importante ressaltar que, mesmo com um pedido de urgência, o projeto precisa passar pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, além de ser autorizado pelo presidente. Nesse caso, o presidente Lula terá a palavra final sobre a implementação do projeto.
Progressos na legislação
O debate sobre o PL 4474/2020 é um exemplo de como a legislação pode evoluir para atender às demandas modernas. As mudanças propostas na formação de motoristas no Brasil são um tema que merece atenção e discussão, pois diz respeito diretamente à segurança viária e à vida de milhões de brasileiros que enxergam a CNH como uma ferramenta de trabalho e independência.
O futuro das autoescolas e do processo de licenciamento no Brasil está em jogo, e essa decisão pode ter um impacto significativo na mobilidade e na economia do país. Enquanto o debate continua, a sociedade acompanha de perto o próximo capítulo dessa história, que promete remodelar a forma como os brasileiros aprendem a dirigir e têm acesso ao direito de dirigir um carro.